segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

incertezas...

EU SOU UM CARA DE SORTE...  Essa frase naum saía da minha cabeça, enquanto retornava da ilha para casa, levava 500 reais no bolso e a garantia de um emprego muuuuito melhor, que o anterior, estava decidido, eu ia pedir a demissão dakele emprego miserável, e fudeu. Naum precisava mais fazer o que eu naum gostava. No dia seguinte, saí de lá com a minha auto demissão nas mãos e um aviso para ir até o banco buscar minha homologação no dia 8 de Dezembro. Eu quase ri quando vi akilo. "Porra de Homologação, no emprego que arrumei, com certeza ganharei 10 vezes a mais desse valor."
À noite liguei pro Macelus com o texto pronto.
- Macelus... Disse com a voz "triste"
- Oi Léo, tudo bem? Perguntou ele?
- Pow, nem tá... Funguei,- pra dar a impressão de estar chorando.- Fui demitido Macelus, o que eu temia aconteceu.
- Calma rapaz... Olha, minha mãe tinha a mania de usar a seguinte frase..."Pra tudo se tem um jeito, menos pra morte." Disse ele.
- Eu sei, mas eu tow muuuito preocupado, eu te falei das minhas responsabilidades, naum foi? eu... Ele me interrompeu.
- Lembra do emprego na concecionária que te falei?
- Sim o que tem? Tapei a boca pra naum soltar uma gargalhada.
-Ele já é seu, só preciso que envie seu curriculum pro meu e-mail. Disse ele.
- Claro, claro, quando posso fazer isso? Só preciso fazer um.
- Ker ir pra ilha comigo amanha? resolvemos tudo e vc começa a trabalhar na segunda.
Claro que aceitei, arrumei minha mochila à noite mesmo e aguardei o dia amanhecer pra vazar.
Ki ironia, eu pensava ki se perdesse o emprego ia ficar fudidão, mas naum, eu tinha um paga pau e um ótimo emprego em vista. Agora era só correr pro abraço, hehehehe...
Na manhã seguinte, encontrei o Macelus no cais e seguimos pra casa dele, ao chegar, conversamos, e depois saímos pra pescar, foi divertido, mas tenho que confessar, a cada toque dele eu me irritava, mas ficava na minha, eu naum keria estar ali, eu naum keria ser tocado, eu naum keria lembrar de algumas coisas ki os toques dele me obrigavam a lembrar, mas me segurei, valeria o esforço.
À noite nos deitamos e ele começou a me beijar. O beijo é foda, acho o beijo algo muuuito mais forte do que o sexo, preciso estar muito afim, preciso estar atraído para beijar alguém, e eu naum sentia nada disso por ele, e só me machucava cada vez mais, beijja-lo, e fingir que tava gostando. Ele percebeu minha inquietação mas naum falou nada. O clima começou a esquentar, então ele parou tudo e disse que naum keria que eu pensasse que ele keria se aproveitar de mim, eu disse que naum estava pensando akilo e ki estava gostando. Pensei que ele ekeria sexo. Mas eu estava errado, ele era daqueles últimos românticos que ficaram na terra nos tempos de hj, keria tudo em seu tempo certo e eu, já poluído com a malícia e as segundas intenções do mundo, pensei que era só dar uma foda, pro coroa dormir e ficar tudo em paz. Subir em cima dele, beijei seu pescoço e lambi sua orelha, meu pau já tava duro quando olhei pra ele, lá estava o fila da puta a fitar o teto, akilo me brochou. Saí de cima dele, naum acreditando que ele havia resistido a mim,- E naum sabia o por quê. - Ninguém nunca havia resistido, o que havia de errado com ele?
- Vc naum ker fazer isso, eu sei! - Ele afirmou.
Por 5 segundos naum encontrei palavras para argumentar, era verdade.´Só me faltava essa, fingir que tava gostando de beijar akela boca murcha e ainda por cima me justificar sobre isso. Respirei fundo, e tentei argumentar.
- Pelo amor de Deus, se eu naum estivesse afim, naum estaria nem aki.
-Talvez... Ele parou no meio da frase.
-Talvez o que? Eu kiz saber. Ainda tentando manter a calma.
- Nada, vamos dormir.
Brother, eu ODEIO quando as pessoas naum terminam uma frase e depois diz que naum era nada. Puxei ar, minha vontade era xingar akele velho ridículo dos piores palavrões possíveis.
- Como, nada, fala...
Ele virou-se de costas. Juro pra vc, se tivesse uma faca por perto, eu esfaquearia ele. - É, às vezes eu sou meio diabólico.- kkkkkk...
No dia seguinte, levantei e fui assistir um filme na sala de vídeo, ele naum estava na cama, provavelmente tinha ido pescar. "Já vi ki vou ter problemas com esse velho miserável, mas eu tow na lama, e kem tá na lama engole sapo." Deitei sobre ás almofadas felpudas e fui assitir, após 20 minutos ele entrou na sala, e sentou-se afastado de mim.
Lutei contra mim mesmo, para chamar ele pra perto de mim, mas eu precisava ser adorável.
-Vem pra cá. Chamei-o pra perto de mim.
- Pra que me chamar, se sua vontade é que eu fique longe de vc? Ele disse, secamente.
Akela foi a gota d'agua, eu naum estava acostumado a engolir sapo e naum ia engolir, por porra nenhuma nesse mundo. Levantei quase berrando.
- Primeiro, se eu vim pra cá, foi pq eu estava disposto a tentar alguma coisa com vc, se vc acha que eu naum tow afim, me manda embora, porra.
-Naum está afim mesmo, meus toques, meus beijos, parecem que te incomodam, vc levantou nem um bom dia me deu.
-Vc naum estava no quarto... Sabe de uma? Eu naum devo esxplicações pra você, vai tomar no seu cu, seu velho depressivo. Explodi.
- Ah! Resolveu mostrar sua cara? - Disse ele, surpreso.
- Mostro mesmo, mas essa é a face que vc despertou em mim, taí a resposta, pq o seu ex vazou e te deixou sozinho, vc é insuportável, deprimente, dependente dos outros, naum sabe viver sem mimos nem carinhos, se manca velho, ker ser mimado vai procurar sua mãe.
-Saia da minha casa - Disse ele, apontando pra porta da rua.
- Saio, saio sim, mas antes vai ter ki me pagar esse tempo que perdi do seu lado, - exigi.
- Ah, vc é garoto de programa? só podia ser, na verdade keria era se aproveitar de mim.
- Lógico que keria, mas vc é tão vazio, que nem tem nada que se aproveite - Esbravejei
Com essa ele chorou, eu era como um balão enchendo de ar, a cada minuto ao lado dele, e nakele momento explodi.
-Saia daqui ou eu mando te matar - disse ele.
-Me pague! Eu naum vou passar pelo desgosto de fik ao seu lado sem ganhar nada, me dá minha grana e eu vou embora, ou eu kebro essa casa inteira.
Ele enfiou a mão no bolso, pegou a carteira, de onde tirou várias notas e arremessou contra mim.
-É dinheiro ki vc ker? toma, com certeza naum vai me fazer falta, leva, leva tudo - Disse ele, enquanto jogava moedas. Abaixei e catei, nota por nota, moeda por moeda. Levantei, olhei pra ele e disse:
- Olha o meu rosto, olha o meu corpo. Bonito, naum? Acha mesmo que eu ia me interessar por um velho vazio, solitário e ridículo como vc?
Ele naum respondeu, só chorava, saí e tombei nele com força.
Peguei minha mochila e abandonei a quase mansão de volta pra Salvador.
Enquanto caminhava, fazia uma retrospectiva de tudo, o choro estava entalado na garganta, quando lembrei do pedido de demissão, soluçando e corando pus pra fora a raiva entalada. Caminhei sozinho, sem saber o que fazer, fitei o céu azul procurando resposta, "O que foi que eu fiz, Deus?" murmurava, enquanto as lágrimas escorriam dolorosas sobre meu rosto.
Eu estava destruído, aniquilado, naum via saídas do labirinto em que eu me encontrava. Segui para a embarcação de volta a Salvador sem saber como seria minha vida, dali pra frente.

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