sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Quem sou eu?

Às vezes, enquanto me admiro em frente ao espelho, me olho nos olhos e procuro enxergar um pouco mais além da minha beleza externa. Quem sou eu? Eu vivo a me perguntar. Mas essa é uma pergunta difícil de responder. Talvez vcs consigam me decifrar através dos posts que acompanharem aqui no blog, pois neles eu descreverei com detalhes, toooooda a minha vida, inclusive meus programas. É, sou um garoto de programa tmb, ker dizer... iniciante. Às vezes passamos por certas coisas, chamadas "ALTOS e baixos", nesse momento encontro-me no baixo, na lama, no chão, após uma violenta rasteira da vida.

Tudo começou quando aluguei um casa para morar com minha irmã e o marido e o filho dela.
 Eu naum tinha mais saco pra morar na casa da minha mãe, meu pai é alcolatra e todas as noites ele chega em casa impregnado de cachaça e xingando muuuuito minha mãe. Odeio maus tratos, ainda mais quando minha mãe é a mal tratada, acho que nenhum filho gosta. Então... já que minha mãe naum toma uma atitude eu tomei, saindo de casa. No momento o marido da minha irmã estava desempregado, eles naum teriam como pagar uma casa sozinhos, nem eu, então decidimos alugar uma casa juntos, assim, dependeríamos uns dos outros. Todas as despesas, seriam divididas, e assim foi. Até eu começar a faltar ao trabalho, eu não suportava mais trabalhar naquela empresa. Então, após filar 4 dias de trampo, embarquei para a Ilha, para tentar minha sorte.

Um amigo meu me falou sobre um amigo solitário, de 45 anos, que estava carente e precisando de um namorado, arrumei minha mochila e partimos no dia seguinte para ilha de Vera Cruz, aki pertinho de salvador. Eu teria que conquistar o coroa e junto com  o amor dele, ganharia tuuuuudo que eu quisesse do ex-sargento da aeronáutica que, aliás, era um ótimo partido. Chegamos a imensa casa com quintal  kilométrico e dobermans gigantes, e fomos recebidos pela empregada, ki nos guiou até uma imensa sala de tv onde Macelus estava deitado entre almofadas grandes e felpudas.

Ele logo levantou-se e cumprimentou a todos nós, eu meu amigo (Carlos) e mais dois amigos do Carlos que foi com a gente. Muito educado e receptivo, Macelus nos guiou até nossos quartos. Quando passávamos em frente à suíte dele, Carlos pegou minha mochila e entrou no quarto dizendo: O seu é aki. Macelus me olhou, imaginei que estivesse torcendo pra eu aceitar. Apenas ri como um idiota e preferi me fazer de tapado. Depois fomos todos jantar, a conversa foi divertida, eu notei que Macelos naum tirava os olhos de mim, assim, caprichei no meu sorriso largo - Que dizem ser encantador -  e dosei cada palavra com uma inteligência a qual eu naum usava diariamente.

O papel de menino bonsinho estava funcionando e eu adoro teatro. Isso ajudou muito.
Na hora de dormir, estávamos na mesma cama, dividindo o mesmo edredon macio e com cheiro de amaciante. Em 15 minutos de conversa, Macelus me falou sobre quase toda sua vida - Incrível como ele se abriu rápido - Eu estava perfeito, orgulhava-me de mim mesmo, com certeza eu sairoa dali com todos os meus aluguéis dos últimos 12 meses pagos.

Enquanto me contava sobre ele, Macelus me falou do ex-namorado com uma amargura desmedida. Eu realmente já tinha notado amargura nas palavras dele durante o jantar. Foi só juntar as peças e percebi que a solidão, carência e a busca por um namorado novo, era culpa do ex, a quem ele parecia amar profundamente. Deu casa, comida e roupa lavada, sustentou o sujeito durante 3 anos com tudo do bom e do melhor, e após arrumar-lhe um puta emprego, o safado criou asas e voou. Aquilo me fez pensar em desistir, eu naum podia enganar um cara que já tinha sido enganado por 3 anos.

A última coisa que ele precisaria era de um aproveitador miserável, e eu naum keria ser esse. E quando Macelus tentou me beijar, foi ki fudeu tudo, eu me bloqueei completamente, ele tocou meu rosto, afim de me aproximar dele, uma discarga magnética de dor e nostalgia me atingiram o coração. Eu resisti e pedi que ele fosse com calma, virei-me de costas e procurei dormir. No outro dia arrumei minha mochila e fui embora. Carlos foi comigo, naum iria me deixar sair sem saber o que estava acontecendo.

Desabafei com ele e disse que naum keria enganar um cara tão legal, que ja fora enganado por por 3 anos. Carlos alegou que eu naum precisaria enganar, era tipo uma amizade colorida. Transar e dar a tenção merecida quando ele pedisse e ganhar muito em cima disso.

- Carlos, por favor, eu naum kero fazer ninguém sofrer. Eu, naum kero sofrer. Eu disse.

- Sofrer vc vai quando voltar prakela porra de emprego e for demitido. Quantos dias  de falta injustificada? Seguido de todas akelas ligações ki vc mandava os clientes tomarem no cu. Sim... pq todas as ligações são gravadas e vc sabe que é só uma questão de tempo para ouvirem as ligações e te botarem no olho da rua. Léo, para pra pensar, sua irmã depende de vc, onde ela vai morar se vc naum ajudar mais no aluguel? Vc que preza tanto o seu corpo, como vai pagar a sua academia? E esse seu cabelinho arrepiado? Quem vai pagar o salão de beleza que vc frequenta pra deixar ele assim... Bonito, sedoso, arrepiado?

Após 30 minutos eu tava de volta à quase mansão. Era fato, eu precisava ter alguma carta na manga no caso de ser demitido. Assumir uma casa envolve muitas outras responsabilidades, e CONTAS que naum podem ser atrasadas. Quando me viu de volta, percebi uma certa satisfação no olhar do Macelus.

- Pensei que fosse pedir pra eu fik... - Apelei num teatro.
- Estava esperando a hora certa, mas fiquei confuso, parece que meu toque ontem à noite te deixou chateado. Isso me fez vacilar e deixar vc ir embora - Explicou ele.
Eu naum keria falar das lembranças que akele toque tinha desencadeado e continuei...
- Eu voltei por vc.
Vi o olhar dele brilhar, como uma estrela radiante, e percebi que tinha atingido ele em cheio, estava balançado, e isso era bom pra mim, ou naum.
 À noite, quando estavámos na suíte confortável de Macelus, resolvi me abrir um pouco, falei da suposta demissão e das responsabilidades que eu tinha, ele falou justamente o que eu keria ouvir...
- Naum se preocupe, agora eu estou do seu lado e vou te ajudar no que vc precisar. Eu tenho uma amiga, ki é gerente de uma concecionária, rapidinho eu arrumo pra vc trabalhar lá.
Akilo me fez soltar um suspiro de alívio que a há muuuuito tempo estava entalado na minha garganta. Sem eu esperar, ele me beijou. Eu deixei ser beijado, mesmo com toda nostalgia dolorosa que akele beijo me causou, mas deixei, e o abracei em seguida até adormecermos.

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